Um virar da esquina pouco provável: a Igreja de São Domingos em Lisboa
O que escrever sobre Lisboa que ainda não tenha sido dito? Provavelmente nada! Visitamos, revisitamos e reinventamos a cidade todas as vezes que olhamos para ela! Ela é sempre diferente aos olhos do/a visitante mais atento. O que a torna fascinante. E é nesse momento, em que olhamos para a cidade com olhos de quem procura, que encontramos “pequenos” pormenores que a cidade esconde, como é o caso da Igreja de São Domingos. Quem a conhece? Provavelmente poucas pessoas, apesar de ficar mesmo ao lado do Rossio e do bar “A Ginjinha”.


Um acaso, chamado curiosidade, fez-me entrar na Igreja de São Domingos. Entrei na certeza que iria encontrar uma igreja como as outras, sumptuosa na talha dourada e acompanhada por imagens e pinturas valiosas. Mas não. Lembro-me de ter tido um choque visual, seguido de uma grande comoção. A sensação foi a de estar a entrar numa espécie de cenário de guerra, isto porque a igreja conserva, no seu interior, as marcas de um violento incêndio que sofreu em 1959 e que fez com que a igreja estivesse fechada até 1994. A pedra queimada parece chorar silenciosamente… não sei se os pecados dos/as crentes ou os da própria Igreja.



Reza a história que foi na Igreja de São Domingos que começou o massacre dos judeus na cidade, em 1506. Durante três dias, homens, mulheres e crianças foram torturados/as e queimados/as em fogueiras, bem junto à Igreja. Talvez por isso, hoje, bem perto da praça da Igreja, possamos ler, num muro: “Lisboa, Cidade da Tolerância”. Talvez por isso, quase como por ironia do destino, este seja um lugar feito de diversidades multiculturais. Um lugar de passagem onde, talvez, alguém repare nas palavras.

O que escrever sobre Lisboa que ainda não tenha sido dito? Acho que temos por aí muita coisa!
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