[Espanha] A Rota de Padrendo e os banhos termais em Lobios
A PR-G28 Rota de Padrendo, em Lobios – Ourense, não é um trilho muito conhecido. Apesar da sua riqueza ambiental, etnográfica e arquitetónica, não é daqueles que nos faz crescer os olhos. Mas há algo neste trilho que o torna especial. A possibilidade de, durante o itinerário ou após o seu término, podermo-nos banhar em águas termais fumegantes que se misturam com as águas frias do rio. Já estão convencidos/as? Nós não hesitamos…
Não tínhamos muita informação, mas lá nos metemos à estrada. Desta vez fomos quatro. O dia, apesar de chuvoso, estava radiante. Saímos de Braga em direção à Portela do Homem (N103 e N308-1). Paramos um pouco na antiga fronteira, hoje totalmente abandonada, relembrando histórias de quando as fronteiras eram controladas. Deixando o Gerês, agora no Xurês, seguimos a estrada rumo a Lobios (OU-312). Passando a vila, viramos à esquerda para a OU-540, uma estrada que acompanha o rio Lima. Poucos quilómetros depois, tomamos o desvio até Padrendo.
Chegamos.
A Rota de Padrendo é um percurso pedestre circular, bem sinalizado, com cerca de 11 km (e algumas hipóteses de cortar caminho). Começa e termina na aldeia de Padrendo e decorre pelo vale entre a Serra de Santa Eufemia e a Serra de O Xurés. Apesar de ser de fácil interpretação e dificuldade moderada, o início é exigente. A subida é íngreme e foi dificultada pela chuva… a mesma que torna mais verde e viva a paisagem.
Os motivos de maior interesse deste trilho é a envolvência paisagística de serra, que vai mudando ao longo dos quilómetros, os moínhos de água, os espigueiros e a Igreja de Santa Maria de Riocaldo, também conhecida como Igreja de Padrendo. Nas aldeias por onde passamos – Torneiros e Padrendo – impera o silêncio, lá onde o tempo se demora. Não há ninguém nas ruas, apenas os cães a dar as boas vindas. Sabemos que as aldeias não estão abandonadas, basta olhar para os campos bem cuidados, o fumo que sai de algumas chaminés, os vultos que se escondem por detrás da cortina, ou a voz abafada que manda o cão calar. Fomos quatro… e por isso, apesar do cansaço e da chuva que teimava em cair, o caminho foi de diversão e partilha. O momento de descanso aproximava-se.
No fim do percurso, pegamos no carro e fomos em direção às termas (passamos pela Vila de Lobios, logo a seguir Bubaces e mais à fente Os Baños). O descanso foi feito na piscina (pública e gratuita) de águas termais quentes, a céu aberto, com o rio Caldo logo ali ao lado. Uma área preparada para banhos, que é utilizada de verão e de inverno. A sensação de estar naquela água quentinha, com o frio e a chuva a espreitar cá fora, é indescritível.
E assim regressamos…
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