A natureza generosa do Monte da Penha, em Guimarães
Quem passa por Guimarães não consegue ficar indiferente ao Monte da Penha, um miradouro natural, de beleza singular, que permite passeios e caminhadas, num contacto direto com a natureza.
O Monte da Penha tem 613 metros de altura. O nome Penha provém da abundância dos seus enormes penedos, que são a sua característica principal. Penedos graníticos, de dimensão superior a 5 metros de altura, que resultam da meteorização e erosão. Desde a pré-história que são atribuídas propriedades ‘fantásticas’ a esta montanha.
Há quem lá vá por devoção, não fosse o Monte coroado pelo Santuário da Penha e por outras edificações de devoção cristã; ou apenas por diversão, percorrendo, por exemplo, o trilho pedestre – PR3 GMR – Rota da Penha – que começa em pleno centro da cidade de Guimarães e nos faz adentrar a montanha verde, íngreme, levando-nos por lugares bucólicos, decorados de penedos, grutas e desfiladeiros.
INFORMAÇÕES técnicas do trilho
Designação: PR3 GMR – Rota da Penha
Tipo de trilho: Pequena rota circular
Sinalização: Muito bem sinalizado
Ponte de Partida/ chegada: Guimarães (Parque da Cidade – 41°26’48.5”N 8°16’55.1”W ou Igreja de N. Sra. da Consolação e Santos Passos (S. Gualter) – 41°26’27.3”N 8°17’21.7”W)
Distância: +/- 8 quilómetros
Duração prevista de ida: cerca de 3 horas (sem paragens)
Mapa do percurso: Veja aqui o trilho proposto pelo Wikiloc
Nível de dificuldade: Fácil
Melhor altura para fazer o trilho: Pode ser percorrido em todas as estações, mas no Outono tem uma beleza singular.
Características do trilho: Histórico-cultural, ambiental e paisagístico. A Penha é um espaço fascinante onde grutas, penedos, fontes e árvores de grande porte são elementos de destaque.
Saímos de Braga, a manhã era de um Outono perfeito. Há muito que tínhamos este percurso na nossa lista, mas como diz o ditado “em casa de ferreiro, espeto de pau”. A proximidade geográfica foi-nos fazendo adiar este passeio…. e ainda bem… o Monte da Penha é deslumbrante no Outono. Iniciamos o percurso pedestre junto à Igreja de S. Gualter, onde se encontra o painel de início do trilho.
Deixamos para trás a cidade, em direção ao teleférico e começamos a subir o monte. Parte do caminho é feito em asfalto, numa subida de inclinação acentuada, que se cruza com a EN 101-2. Não há como se perder. Se não for pela sinalização, sempre presente no percurso, siga os cabos do teleférico. Eles acompanham-nos até lá acima.
À medida que as zonas residenciais vão ficando para trás, o caminho vai-nos levando, timidamente, para o bosque, por escadas que surgem no meio do nada. Escadas são sempre encontros, de quem vem e de quem vai.
Escadas vestidas de outono, mas onde a vida teima em existir.
Escadas que nos levam por caminhos lindíssimos onde duas pedras se beijam e o amor ganha forma. Conseguem ver?
Escadas ladeadas de imponentes penedos de granito, cobertos de musgo, com túneis inesperados e grutas apertadas, que parecem esconder passagens secretas e misteriosas e um fantasioso mundo de gnomos. Zizagueamos monte a cima.
Não faltam penedos no Monte da Penha, mas foi o acesso ao “Penedo Suspenso” que mais nos fascinou. Aquelas (im) perfeições da natureza. À direita, uma ladeira, onde a natureza continua a brindar-nos com a sua generosidade. À esquerda, por entre grutas e passagens estreitas, esconde-se a Adega do Ermitão, um local muito simples, que fica debaixo das rochas, e que é conhecido pelos seus petiscos que vão para a mesa envolvidos em papel de padaria: a bola de sardinha ou de carne, os bolinhos de bacalhau e o caldo verde caseiro. Infelizmente, estava fechado nesse dia, mas toda a envolvente pede permanência.
Subimos mais um pouco e chegamos à praça. Ao cimo de uma escadaria, sobre grandes penedos, ergue-se a Capela de São Cristóvão, Santo padroeiro dos motoristas. Daqui, a vista sobre Guimarães é ampla e muito bonita.
Atravessando a praça, e passando pelo Penedo dos Aviadores, chegamos ao Santuário da Penha. Inaugurado em 1946, apresenta linhas direitas, pouco comuns para a altura, mas de uma “modernidade intemporal”.
A zona envolvente ao Santuário dispõe de restaurantes, hotel, cafés, percursos pedonais, circuitos para atividades desportivas e um Parque de Campismo de montanha, muito conceituado.
Já vos dissemos que o dia estava lindo? E as cores do outono no seu esplendor?
Para descer e regressar à cidade de Guimarães tínhamos duas possibilidades. Ou retornar a pé pelo mesmo caminho – “PR3 GMR – Rota da Penha” – ou descer pelo Teleférico de Guimarães. Optamos pela segunda, o que nos permitiu ter uma outra perspetiva da cidade.
Chegamos a Guimarães à hora do lanche. Passeamos um pouco pelo centro histórico e fomos terminar o dia deitados nos jardins do Castelo a apreciar o pôr-do-sol.
Sobre Guimarães? Isso ficará para outro post.
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