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Ilha de São Miguel, Açores: guia para visitar

Recentemente estivemos na Ilha de São Miguel, nos Açores e, com base na nossa experiência, pretendemos partilhar os principais pontos de visita, informações úteis e sugestões, que possam ajudar na preparação da vossa viagem.

Não nos peçam, nem façam roteiros se forem visitar São Miguel! Por um lado, porque a ilha é tão generosa em beleza e segredos que vai pedir-vos que lhe dediquem tempo. Por outro, devido à sua volubilidade meteorológica, a ilha de São Miguel é conhecida por conseguir ter as quatro estações no mesmo dia. Por isso, o melhor dos planos é não fazer planos, e deixar que o lugar nos leve!

Conteúdos do artigo

1. Onde fica a Ilha de São Miguel?
2. Como chegar?
3. Vale a pena fazer seguro de viagem?
4. De quantos dias deve ser a estadia?
5. Qual a melhor altura do ano para visitar os Açores?
6. Qual a melhor forma de nos deslocarmos na ilha?
7. Onde ficar alojado?
8. E a gastronomia? Quais as iguarias imperdíveis?
9. Onde (é que nós gostamos de) comer?
10. Quais são os locais de visita obrigatória na ilha de São Miguel?

Vamos começar com uma série de “perguntas-respostas” que ajudem a organizar a vossa viagem.

Esperamos que sejam úteis.

1. Onde fica a Ilha de São Miguel?

Esta ilha é a maior das nove ilhas do arquipélago dos Açores, que são todas de origem vulcânica e estão em pleno Oceano Atlântico Norte. Conta com 62,1 quilómetros de comprimento e 15,8 quilómetros de largura máxima e alberga mais de metade da população açoriana.

O seu clima ameno contribui para a sua exuberância vegetal e valor paisagístico. É denominada de Ilha Verde.

Veja aqui mais informações sobre a geografia das ilhas dos Açores.

2. Como chegar?

aviao_318-47309 Do continente há voos diretos para Ponta Delgada, operados pela TAP, pela Azores Airline ou a Ryanair.  Nós voamos pela Ryanair, ligação Porto – Ponta Delgada, que tem voos todos os dias, exceto aos sábados.

O aeroporto internacional de Ponta Delgada – João Paulo II (PLD) está localizado a cerca de 3 Km da capital. Caso não alugue carro, pode deslocar-se para Ponta Delgada de taxi ou uber. A corrida dificilmente excederá os 8€. 

3. Vale a pena fazer seguro de viagem?

Claro que sim, não facilite. Nós contratamos a IATI seguros. Optamos pelo IATI Básico e por 5 dias, para 2 pessoas, pagamos pouco mais de 5€.

Se quiser saber mais sobre os Seguros da IATI, leia o nosso post “Viaja (com) seguro, como nós” 

4. De quantos dias deve ser a estadia?  

Esta é sempre uma pergunta difícil de responder, porque depende muito do tipo de férias/ passeio/ aventura que se pretende fazer. Diríamos que uma escapadinha de três dias é suficiente para visitar a ilha, mas não para a explorar. Além dos pontos turísticos mais conhecidos e das zonas balneares, a Ilha de São Miguel é rica em trilhos e percursos pedestres. Só nesta ilha estão reconhecidas e oficializadas 26 rotas, de diferentes perfis e paisagens (ver aqui).

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Nós fizemos um trilho. Se quiser saber mais sobre este percurso, leia o nosso post “Trilho do Salto de Prego – Ilha de São Miguel

5. Qual é a melhor altura para visitar os Açores?

Devido ao seu clima moderado, os Açores podem ser visitados durante todo o ano, mas a melhor altura será entre junho e outubro. Porquê?

– O clima estará mais quente, o que permitirá aproveitar melhor a zona balnear, que é muito interessante. Se é verdade que a ocorrência de nuvens e chuva é possível em qualquer altura do ano, os meses de Verão apresentam períodos mais prolongados de sol e temperaturas mais altas.

– Algumas áreas protegidas, como o Ilhéu de Vila Franca do Campo, só podem ser visitadas entre 1 de junho e 14 de outubro (para mais informações, consulte aqui).

– A melhor altura para a observação das baleias e dos golfinhos é na primavera e no verão. A primavera é a altura da migração das grandes baleias e no verão há mais espécies de golfinhos e os grupos tendem a ser maiores. Apesar disso, é importante sublinhar que os cetáceos podem ser avistados em qualquer altura do ano, principalmente os cachalotes, que são a espécie icónica dos Açores (para mais informações, consulte aqui)

Como fomos em Maio, e apanhamos mau tempo, acabamos por não conseguir visitar o Ilhéu, nem fazer o passeio de Observação das baleias. Além disso, algumas visitas a pontos mais altos e miradouros ficaram comprometidos pelo nevoeiro. Socorremo-nos da aplicação das webcams do site @visitazores.com e do @spotazores.com que nos dá, em tempo real e por localidade, o clima que se faz nesses locais. Recomendamos vivamente o seu uso para melhor planearem as vossas visitas.

6. Qual é a melhor forma de nos deslocarmos na ilha?

O aluguer de carro é a melhor opção para circular e conhecer São Miguel. Há vários rent-a-car no aeroporto, mas é sempre mais seguro fazer a reserva on-line com antecedência. Além disso  existem circuitos turísticos, com diferentes rotas, e os sightseeing tours.

Nós alugamos carro na Wayzor e gostamos bastante do atendimento e do serviço.

7. Onde ficar alojado?

O local mais central para dormir é em Ponta Delgada ou nas proximidades. De lá saímos para qualquer parte da ilha com alguma rapidez e comodidade. Há outras zonas da ilha que oferecem ótimos alojamentos, em  ambientes tranquilos, como nas Furnas, Sete Cidades, Ribeira Grande ou Vila Franca do Campo. Mais uma vez, tudo depende do tipo de férias que pretende, uma vez que há alojamentos para todos os gostos e carteiras.

sleeping-99120_960_720 Faça a sua reserva de alojamento aqui

Das duas vezes que estivemos na ilha, em Maio e em Outubro de 2019, ficamos em dois alojamentos distintos, mas que recomendamos de igual forma. 

Casa da Praiafica na zona de Livramento, a 10 minutos de carro de Ponta Delgada. É uma vivenda, alojamento local, frente à praia do Pópulo. 
Neat Hotel Avenida –  fica no centro de Ponta Delgada o que nos permite visitar a cidade a pé. Tem 120 quartos e um ambiente “verde”,  jovem e descontraído. 

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8. E na gastronomia? Quais são as iguarias imperdíveis? 

Pela gastronomia, a ilha leva o mar e o prado para o prato. Na gastronomia micaelense abundam os pratos de diferentes tipos de peixe fresco, com destaque para o atum (em lombo, barriga ou bifana) e os peixes locais. No marisco há uma enorme variedade, como as cracas e as lapas. A carne é proveniente do gado criado em pastagens e por isso é macia e saborosa, como a que se prova no Bife Regional (ou bife à micaelense) e  no Cozido das Furnas, que é cozinhado debaixo do solo, nas caldeiras das furnas.

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Nas entradas, a famosa “pimenta da terra”, que se associa ao queijo fresco. O bolo lêvedo, originário das Furnas, e que é um cartão de visita imperdível. Fica bem com tudo: mel, queijo, doce de maracujá, doce de ananás… venha a imaginação!

Na fruta, o ananás é o protagonista principal, apesar de São Miguel ter tradição no cultivo de outras frutas exóticas. 

Na doçaria, e para quem for guloso, as Queijadas de Vila Franca do Campo ou as Fofas da Povoação, uma espécie de éclairs, recheados com creme de baunilha, com uma trança de chocolate por cima.

Para beber, de um bom vinho regional, como o Jardinete, aos licores A Mulher de Capote, passando pela Kima de maracujá e pelo chá Gorreana. Encontramos o sabor dos Açores numa garrafa ou na selagem de pacotes de chá coloridos.

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9. Onde (é que nós gostamos de) comer?

Sem qualquer demérito para os outros restaurantes, destacamos:

images garfo A Tasca, em Ponta Delgada. A ementa é variada, mas não saia de lá sem provar a bifana de atum. Espetacular. Se for para jantar, a reserva é obrigatória e deve ser feita com tempo. Se for para almoço (até às 18h00) é por ordem de chegada e disponibilidade de mesas.

images garfo Restaurante da Associação Agrícola de São Miguel, em Rabo de Peixe na Ribeira Grande, para comer carne, especialmente o Bife do Lombo. É de reserva obrigatória.

images garfoO Pescador, em Rabo de Peixe, para comer peixe fresco, sopa de peixe, lapas e cataplana de peixe.

images garfo La Cantina, na Marina de Ponta Delgada, não é um restaurante tradicional, mas antes um encontro de culturas, onde pode comer sushi com peixe dos Açores, experimentar a pasta e a pizza italiana, hambúrgueres com carne açoriana e o peixe da região. Lá comemos barriga e lombo de atum divinal.

images garfo Mané Cigano, Ponta Delgada, para comer o chicharro frito.

images garfo TiXico, em Ponta Delgada, para comida tradicional. Recomendamos o atum.

images garfo Reserva Wine & Tapas Bar, em Ponta Delgada, para comer petiscos acompanhados de um bom vinho. Renda-se aos cogumelos, à salada verde com frutos secos, e ás tábuas de queijos e enchidos nacionais.

images garfo Taberna Açor, Ponta Delgada, serve apenas petiscos, como faziam as tascas de antigamente. O conceito é partilhar e conversar.

images garfo Casa de Chá “O Poejo”, em Sete Cidades, para comer um bolo caseiro de chorar por mais. Além disso fazem divulgação dos sabores tradicionais de doçaria e padaria, chás, licores, entre outros produtos únicos desta região.

images garfo Rosa Quental, nas Furnas, para comer e comprar bolo lêvedo.

Alabote, na Ribeira Grande, para comer marisco e cataplana de peixe. 

Tony’s, nas Furnas, é dos restaurantes  mais conhecidos para comer o Cozido das Furnas

O Américo, em Mosteiros, para comer o Polvo (estufado ou assado).

Ponta do Garajau, Ribeira Quente, destaque para o peixe (chicharros fritos, lapas, peixe da ilha).

images garfo locais onde fomos.

10. Quais são os locais de visita obrigatória na Ilha de São Miguel?

Há locais que são de visita obrigatória, pela sua beleza indescritível, há outros que se tornam imperdíveis porque nos tocam a alma e nos fazem acreditar que existem paraísos na terra. Foi por isso que escrevemos uma crónica mais intimista sobre a Ilha de São Miguel, com promessa de regresso. Take a look 🙂 

Prometemos voltar: crónica sobre a Ilha de São Miguel, nos Açores 

Sobre os principias pontos de interesse da ilha, e para facilitar a visualização, vamos dividir a ilha em sete grandes áreas de interesse e, dentro de cada uma destas áreas, identificar os principais locais de visita.

1. Ponta Delgada
2. Vila Franca do Campo
3. Furnas
4. Nordeste
5. Ribeira Grande
6. (A caminho de ) Sete Cidades
7. Ponta da Ferraria

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1. Cidade de Ponta Delgada

A capital de São Miguel é a porta de entrada para a ilha, no sentido simbólico e literal da expressão. Ponta Delgada é uma cidade cheia de património cultural, histórico e  testemunhos arquitectónicos que encontramos nas suas ruas estreitas e planas e na fachada dos edifícios onde impera a escura rocha de basalto.

O que não deve perder:

📍Comece pelas Portas da Cidade (de 1783) e pela Igreja Matriz de São Sebastião (do século XVI), que tem uma bela portada em estilo manuelino.

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📍 Passe pelo Mercado da Graça e compre umas frutas da região.

📍 Visite o Jardim Botânico José do Canto, um espaço com vegetação singular e espécies exuberantes.  Mesmo ao lado, encontrará o Jardim do Palácio de Sant’Anna.

📍 Assistir a um evento no Teatro Micaelense.

📍 O Passeio Marítimo de Ponta Delgada e a Marina são pontos de passagem inevitáveis, pela sua localização e por terem várias esplanadas, restaurantes, lojas comerciais e empresas turísticas. Vai dar de caras com o Forte de São Brás (século XVI). A sua presença marca o espaço e é uma marca do tempo e da história da cidade. Atualmente alberga o Museu Militar dos Açores, com exposições dos vários armamentos históricos.

📍 Se quiser saber porque é que o ananás açoriano é tão bom, tem de visitar uma das casas (não a única) mais conhecidas, o Ananases A. Arruda. A plantação está aberta todos os dias, e oferece-nos um périplo pelas diferentes fases de cultivo do ananás. Tem uma loja com vários produtos derivados do fruto.

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📍 Guarde algum tempo para ir à Gruta do Carvão (Para mais informações, ver aqui).

📍 Faça o roteiro da Arte Urbana. Uma grande parte dos graffitis estão em Ponta Delgada, mas há outros espalhados pela ilha. Este projeto de Arte Urbana é de 2011 e nasceu da iniciativa “Circuito de Arte Pública”, no âmbito do Walk&Talk, que pretendeu transformar as ruas de São Miguel num palco de arte urbana. São vários os artistas, com destaque para os trabalhos de Vilhs (veja aqui uma proposta de roteiro de arte urbana pelos 20  graffitis mais originais da ilha).

📍 Umas das zonas balneares mais procuradas é a Praia do Pópulo. Tem um areal pequeno, mas aconchegante, com balneários e  um restaurante-bar.

2. Vila Franca do Campo 

📍 Passeie pela vila, caminhe pelas ruas estreitas, passe pela praça central – onde a igreja matriz e o coreto desfilam atributos – e desça até ao mar.

📍 Suba à Ermida de Nossa Senhora da Paz. Bem lá do alto, tem uma vista magnífica sobre a vila e o ilhéu. Não podia o nome da Ermida ser melhor escolhido.

📍 Visite o ilhéu de Vila Franca do Campo. A travessia é feita de barco. É uma travessia rápida, de cerca de 30 minutos. É um lugar magnífico para fazer mergulho e snorkel.

Não se esqueça que as travessias só podem ser feitas entre 1 de junho e 14 de outubro (para mais informações, consulte aqui).

📍 Visite as Lagoas do Congro e das Nenúfares. Apesar de se localizarem  na área central da ilha, pertencem a Vila Franca do Campo. É uma Lagoa menos conhecida e visitada. Vindo de Ponta Delgada segue-se em direção às Furnas e segue-se as placas com a indicação Lagoa do Congro. O seu acesso faz-se por um trilho pedestre de fácil percurso.

3. Furnas

Nas Furnas há imensos locais para visitar. Dê-lhe do seu tempo.

📍 Aprecie a viagem até às Furnas. As estradas estão decoradas de natureza. Antes de chegar à Vila vai passar pela Lagoa das Furnas onde pode visitar a Capela de Nossa Senhora das Vitórias, de estilo neogótico do século XIX, e o Jardim José do Canto onde a Capela está inserida. Deite-se um pouco nas margens da Lagoa, e sinta a paz daquele local.

📍 Um pouco mais à frente as Caldeiras das Furnas onde se faz o famoso cozido das furnas. Num dos pontos da Lagoa encontra buracos no chão vulcânico. Se estiverem tapados é porque estão lá os tachos com o cozido. Existe uma parte reservada para os restaurantes locais e outra que pode ser usada pelos habitantes.

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 A entrada nas Caldeiras das Furnas é paga, 2€/ pessoa para o dia inteiro. Tem um bom parque de estacionamento e comodidades para quem quiser passar mais tempo. Os patos e os gansos dominam a área e andam atrás de nós a pedir comida… não os irrite muito!

Dica: Pode assistir à retirada do tacho dos buracos, pelo restaurante onde reservou o seu almoço, ou pode fazer o seu próprio cozido. Se escolher a segunda opção, compre os ingredientes, prepare tudo e, com a ajuda do funcionário que lá trabalha coloque os ingredientes por ordem e ate a panela. Depois aguarde 6 horas até ficar pronto. Não se preocupe que tem imensas coisas para fazer nas Furnas durante esse tempo.

📍Na vila, visite as fumarolas e geysers de água a ferver no meio da povoação, apreciando as formas de vulcanismo secundário do vulcão das Furnas. Passeie por lá e prove da água azeda (é mesmo assim que se chama) da nascente termal de água bicarbonatada que está localizada nas Caldeiras das Furnas. Se tiver oportunidade coma o Cozido das Furnas, e não se esqueça de experimentar os bolos lêvedos, que  são, de facto, maravilhosos.

Vá preparado/a para o cheiro a enxofre, que é bastante forte. 

📍 Visite o Parque Terra Nostra. É mais uma daquelas criações divinas. Vá preparado para tomar banho no tanque de água quente termal ou, mesmo ao lado, nas pequenas piscinas, mais intimistas, óptimas para relaxar. Desfrute dos lagos e dos jardins. Faça os roteiros/ percursos assinalados e deslumbre-se. É dos jardins botânicos mais bonitos que já conhecemos.

A entrada é paga, 8€/ pessoa (confirmar no site atualização da informação)

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📍 A Poça da Dona Beija é um conjunto de piscinas termais, com águas a 39º C. Um “espaço místico de lazer e relaxamento”. Mais um fenómeno da natureza que é cartão de visita da Ilha de São Miguel.

A entrada é paga, 6€/ pessoa (confirmar no site atualização da informação). Estão abertos todos os dias das 7h00 às 23h00, por isso arrisque na experiência de estar nas piscinas à noite. Garantimos que será uma memória inesquecível. Conte com a presença de muitas pessoas a qualquer hora.

📍 Saindo das Furnas em direção ao nordeste, desça até à Ribeira Quente e deslumbre-se com o caminho até lá. Uma estrada que fura as montanhas até ao mar. Não ficamos fãs da Praia da Ribeira Quente, apesar de ter todas as comodidades. É uma zona piscatória, bem cuidada e renovada, onde encontra vários restaurantes de peixe e marisco (veja as nossas sugestões na pergunta 9)

Dica: No caminho, vai passar por dois túneis, abrande e, entre os túneis, olhe para a sua direita. Vai ser surpreendido/a  por uma cascata que cai livremente por entre as rochas.

4. Nordeste

O nordeste da ilha de São Miguel é daqueles locais que não vindo no TOP 5 da Ilha tem algo de mágico. É imperdível para quem quiser fazer uma road trip. As estradas, as enseadas, os recortes. É onde encontramos os Miradouros mais bonitos, vale a pena parar em todos. Aqui destacamos três: o Farol e Miradouro do Arnel, o Miradouro Ponta do Sossego e o Miradouro da Ponta da Madrugada.

Faça um piquenique com uma vista deslumbrante, num destes Miradouros. Os seus parques de merendas são muito bonitos e bem equipados.

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5. Ribeira Grande

“Ponha aqui o seu pezinho, devagar, devagarinho se vai à Ribeira Gran­de…”. 

Se antigamente se ia devagar, como canta a música popular, agora é num instante que se chega lá. 20 minutos de carro separam Ponta Delgada da Ribeira Grande.  Mas o concelho de Ribeira Grande é muito mais do que a sua cidade e concentra alguns dos pontos turísticos mais importantes da ilha.

📍 O Parque Natural da Ribeira dos Caldeirões é um projeto de valorização paisagística que deu harmonia à natureza, transformada numa espécie de jardim composto de pequenas cascatas e cursos de água fresca, moinhos de água, árvores e vegetação de toda a espécie.

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📍 As Plantações de Chá Gorreana detêm o título de “mais antiga plantação de chá da Europa”. Os chás Gorreana existem desde 1883 e são considerados uns dos melhores chás do mundo. Aqui pode visitar a fábrica, onde ainda é possível ver as máquinas originais, apreciar a secagem da folha, degustar os seus chás (preto e verde) e passear pelas plantações. É extraordinário o contraste do verde das plantações com o azul do mar.

 Há um trilho oficial pelas Plantações de Chá (PRC28SMI). Um trilho circular, de intensidade fácil e uma extensão de 3,4 km (ver mais informações aqui)

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📍 O melhor local para apreciar a beleza da costa Norte da Ilha é no Miradouro de Santa Iria que está situado junto da aldeia de Porto Formoso, nos arredores da cidade de Ribeira Grande.

📍 Já na cidade da Ribeira Grande, visite a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Estrela (do século XVI) e a Igreja do Espírito Santo (do século XVI), conhecida como Igreja da Misericórdia. Passeie pelas ruas da cidade que nos levam até ao mar. A 5 minutos de carro, para norte da cidade, fica a Sede da Fábrica de Licores Mulher de Capote, e para oeste, a praia de Santa Barbara.

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📍 Aqui fica um suspiro, chegamos à  Caldeira Velha.  Chamam-lhe Monumento Natural e não podia ser de outra forma. É um lugar idílico para um banho quente relaxante, dentro da natureza, literalmente. É um dos lugares mais visitados na ilha de São Miguel.

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O espaço tem vestuários, sanitários e mesas de piquenique. A entrada é paga e tem dois tipos de bilhetes: o completo (que nos permite visitar o Monumento Natural, o Centro de Interpretação Ambiental da Caldeira Velha e banhar-se nas Poças Termais) e o de visita que não permite os banhos. Verifique os horários, regras e os preços no site oficial)

📍  A Lagoa do Fogo é um dos ex-libris da Ilha. É a segunda maior Lagoa dos Açores e uma das mais altas. Não é fácil apanhar o céu limpo, mas se tiver sorte (que nós não tivemos nesta viagem), as vistas são magnificas.

6. (A Caminho das) Sete Cidades

📍 O Aqueduto do Carvão foi o primeiro aqueduto da ilha, construído no século XVI – pelo Rei D. Manuel. Está em plena simbiose com a natureza.

📍 Lagoa das Empadadas.  Uma estrada de terra batida, de acesso fácil, leva-nos até à lagoa. Passeie por lá e suba até à Lagoa Rasa, e delicie-se com o contraste de cores da vegetação.

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📍 O Miradouro da Grota do Inferno é talvez uma das imagens mais vistas nos catálogos de promoção da Ilha, porque, de facto, permite-nos uma vista estonteante sobre quatro Lagos (Lagoa do Santiago, das Sete Cidades, do Canário e Lagoa Rasa). Para chegar ao Miradouro entre no Portão de acesso ao Parque Florestal da Mata do Canário. Tem um parque de estacionamento à porta, mas pode entrar com o carro no Parque Florestal, esteja atento aos horários de funcionamento, que estão afixados numa placa junto ao portão. O acesso ao conhecido carreiro escarpado é feito por um trilho de terra batida.

📍 O Miradouro da Vista de Rei é de onde se tem a melhor vista da Lagoa das Sete Cidades. É só chegar e contemplar. Mesmo ao lado, encontrará as Ruínas do Hotel Monte Palace que são, hoje, um fantasma que se ergue no topo do Miradouro.

 Curiosidade: O Hotel Monte Palace foi o primeiro hotel 5 estrelas dos Açores, que acabou por fechar passados apenas 19 meses (em 1990). Em 2011 deixou de ser vigiado e o que restava do seu conteúdo acabou por ser roubado. Há quem diga que o Monte Palace nasceu fora do seu tempo, quem sabe se tivesse sido hoje a sua história fosse diferente.

  • A Lagoa das Sete Cidades é mais uma das imagem de marca da ilha de São Miguel.  Uma lagoa, duas cores, uma explicação lendária. Reza a lenda que a toponímia da Lagoa é resultado de um amor proibido entre uma princesa e um pastor. No momento da despedida, as suas lágrimas formaram os lagos, um azul dos olhos da princesa, e um verde dos olhos do pastor, que ficaram para sempre unidos pelas lágrimas. Apesar da melhor vista da Lagoa ser do miradouro Vista do Rei, vale a pena descer para explorar as suas margens. Uma vez na povoação das Sete Cidades, visite a bela Igreja de São Nicolau, de estilo neo-gótico, do século do XIX.

7. Ponta da Ferraria

Apesar da Ponta da Ferraria ser o local de maior interesse a ser visitado, a costa oeste da ilha reserva-nos algumas surpresas agradáveis.

📍 A Ponta da Ferraria é daqueles locais onde pode viver mais uma experiência memorável. Imagine uma piscina natural de águas quentes termais, mas no mar. Um local de paragem obrigatória para quem visita a região. Os populares dizem que “quem se banha sai dez anos mais novo”. Pelo sim, pelo não eu não perdia a oportunidade 🙂

A piscina tem umas cordas que a atravessa, para garantir que as pessoas não são levadas pelas ondas. A altura ideal para visitar este local é quando a maré está pouco baixa, para poder desfrutar de uma água com temperaturas agradáveis. Por isso, planeie a sua visita em função da maré.

📍 O Miradouro da Ponta do Escalvado fica na Ponta do Escalvado, na freguesia Ginetes, e oferece uma vista panorâmica sobre o mar e a costa oeste da Ilha. Daqui consegue avistar a Ponta da Ferraria e a região de Mosteiros.

📍 A Praia de Mosteiros é um areal extenso com a típica areia preta e piscinas naturais que se formam no meio das rochas resultantes da atividade vulcânica.

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📍 Se quiser continuar o caminho da costa até Capelas, será surpreendido/a pelo Moinho do Pico Vermelho, que fica a 20 minutos de Mosteiros.  Um moinho, de estilo holandês, com cerca de 200 anos, que sobressai na paisagem.

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Estas foram as nossas respostas a algumas das questões que fizemos a nós próprios, na altura em que estávamos a preparar a viagem, e que outras pessoas foram fazendo à medida que fomos partilhando as fotografias e as aventuras que passamos por lá. Esperamos que seja um bom guia para planearem a vossa viagem, à vossa medida. A Ilha de São Miguel é natureza no seu esplendor♥.


Ver também:

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E já sabem… o importante é IR!

Detalhes
Visita realizada em maio e outubro de 2019
Marcelo Andrade @iremviagem
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