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PR6 – caminhos de Tongobriga

Ainda não conhecem este percurso pedestre? Então instalem já o wikiloc e percam-se por lá.

O PR6 MCN – Caminhos de Tongobriga, em Marco de Canaveses, tem uma extensão de cerca de 8 km, é um percurso circular de pequena rota, fácil na exigência, e que passa por locais de interesse natural, histórico e arqueológico.

Neste artigo partilhamos com vocês alguma informações técnicas sobre o percurso, o que gostamos mais e menos na nossa experiência e deixamos algumas dicas e sugestões.

1. INFORMAÇÕES técnicas do trilho

Designação: PR6 MCN- Caminhos de Tongobriga
Localização: Localidade do Freixo, Freguesia do Marco, Marco de Canaveses, Região do Baixo Tâmega
Distância8 quilómetros
Tipo de trilho: Circular (início e fim na Rua da Associação Recreativa do Freixo)
Duração prevista: cerca de 2h30m (sem paragens)
Mapa do percurso:  Veja aqui o mapa proposto pelo Wikiloc
Nível de dificuldade: Fácil/ Moderado
Época do ano mais aconselhada: Primavera, Verão e Outono
Características do trilho: Rota do românico, património histórico e cultural, alto valor arqueológico, trilho de natureza com bosques e linhas de água

Legenda: Fonte: Câmara Municipal do Marco de Canaveses
2. a nossa experiência

Era domingo e saímos logo pela manhã para fazer os Caminhos de Tongobriga. Fomos movidos pela curiosidade das tantas vezes que já tínhamos passado por lá e da pesquisa feita que nos dizia que Tongobríga ou Tongóbriga era uma antiga cidade romana e que é monumento nacional desde 1986. Quando soubemos que havia um percurso pedestre não podíamos perder a oportunidade de ir.

No GPS escrevemos: “Freixo, Marco de Canaveses”, e quando chegamos ao nosso destino percebemos de imediato que o dia ia ser cheio de coisas boas, afinal estávamos na Rota do Românico e no lugar onde as pedras contam histórias longínquas.

Seguimos para o início do PR6 – Caminhos der Tongobriga que é na Rua da Associação Recreativa do Freixo (n.º 1 do mapa), mas como é um percurso circular, na verdade, podemos iniciá-lo em qualquer ponto. Seguimos a sinalética em direção a Ribeiro de Covas (2), adentramos bosquetes, fomos acompanhados por pequenos ribeiros, passamos pontes de madeira improvisadas, encontramos moinhos recuperados e poldras antigas (3). Mais à frente, paramos na casa da D. Maria Emília (4) e deliciamo-nos com a broa acabada de sair do forno e as compotas caseiras que saem das suas mãos curiosas. Maça com malagueta, mosto com maça Bravo de Esmolfe, cereja, abóbora com nozes… é só escolher. Foi o que fizemos.

Seguimos caminho em direção à localidade do Freixo que também merece a nossa visita, com particular destaque para a Igreja de Santa Maria do Freixo (6) e a Área Arqueológico da Tongobriga (7 e 8). Estando quase a terminar o percurso, ainda teremos mais uma surpresa pelo caminho, a Igreja Senhora da Aparecida (9), que está incrustada numa rocha e pouco visível para os olhos menos atentos. O telhado desapareceu e apenas se mantêm as paredes, mas não deixa de ser interessante.

Deixem que vos diga que foi a área arqueológica de Tongobriga que nos deixou boquiabertos. Não que sejamos grandes entendidos no tetris das pedras antigas, mas é impossível ficar indiferente à grandiosidade e monumentalidade do cenário e ao projeto da Estação Arqueológica do Freixo que nos convida a uma visita inacreditável pelas ruínas da antiga Tongobriga, que estão integradas numa área com cerca de 50 hectares, e que só foram reveladas à população em geral a partir de 1980.

Curiosidade: Antes da invasão romana existia na região um castro designado por Tongóbriga, nome inspirado num pequeno altar dedicado à divindade protectora do lugar, Genius Tongobricensium. Este lugar que foi ocupado, modificado, ampliado e romanizado no século I d.C.

Recomendamos vivamente que visite o Centro Interpretativo de Tongobriga que recria o modo de vida dos tongobricenses e conta a história das mudanças na sequência da integração desta região no Império Romano. Alie esta visita ao circuito tradicional à Área Arqueológica do Freixo onde pode observar ruínas pré-romanas e romanas, datáveis entre o séc. I a.C. e o séc. VI d.C., especificamente, as áreas residenciais castrejas e romanas, a Muralha, o Fórum, o Balneário Pré-romano, as Termas Romanas e a Necrópole.

Como fizemos a visita a um domingo, a entrada foi gratuita, mas para mais informações sobre os horários e preços dos bilhetes, veja aqui.

É tao bom quando conseguimos juntar natureza com história e cultura, e regressamos a casa bem mais nutridos… da cabeça e da barriga.

O que gostamos mais
– O alto valor arqueológico do trilho.
– Diversidade (natural, patrimonial e cultural) do trilho.
O que gostamos menos

– Partes do trilho que são feitas em estrada.
– Alguma falta de manutenção do trilho (e.g. à data da visita, ausência de painel informativo do trilho nos locais de início, o moinho de água). 
Dicas e sugestões
– Quem fizer o trilho não deve perder a oportunidade de visitar o Espaço Arqueológico de Tongobriga. Além disso, sigam as suas redes sociais porque eles desenvolvem várias atividades gratuitas de promoção do espaço e da região.
– Paragem obrigatória na Casa dos Lenteirões para comer os famosos doces do Freixo, com um destaque especial para as Fatias do Freixo, os bolinhos de geme e os biscoitos de milho.
– Para os amantes de trail, a ITER – Animação Turística e Eventos organiza o Trail Rota das Capelas.
– Explorar os outros Percursos Pedestres do Marco de Canaveses.

Detalhes
Outubro de 2021
Marcelo Andrade, do Ir em Viagem
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