Drave: PR 14 – A Aldeia Mágica
Chamam-lhe “aldeia mágica” e nós sempre tivemos muita curiosidade em saber porquê. Para quem não conhece, Drave é uma aldeia de xisto, protegida e abençoada pelas Serras da Freita e de São Macário, mas que está desabitada desde 2009. Para lá chegar só a pé, e pode ser feito percorrendo um trilho de cerca de 4 km (PR14 – A Aldeia Mágica) que começa na aldeia de Regoufe. Este PR é um dos mais emblemáticos da Serra da Freita até porque mantém viva a magia desta aldeia.

INFORMAÇÕES técnicas do trilho
Designação: PR14 – A Aldeia Mágica
Tipo de trilho: Linear
Sinalização: Muito bem sinalizado
Ponte de Partida: Aldeia de Regoufe
Ponte de Chegada: Drave
Distância: 4 quilómetros (mais 4 quilómetros para regressar)
Duração prevista de ida: cerca de 2 horas
Mapa do percurso: Veja aqui o mapa proposto pelo site do Arouca Geopark
Nível de dificuldade: Fácil (mas com desníveis acentuados)
Melhor altura para fazer o trilho: Pode ser percorrido em todas as estações. No verão o trilho pode ser mais penoso (por não haver sombras e a região é muito quente), mas é perfeito para desfrutar das lagoas da Ribeira de Palhais. Na primavera e no outono as temperaturas são mais amenas e as cores da serra são incríveis. O inverno é o menos recomendado, principalmente se estiver a chover porque torna-se um trilho muito escorregadio. Nós fizemos o trilho na primavera.
Características do trilho: Geossítios, paisagem de montanha, lagoas e cascatas
E como posso ir lá ter? Devem estar vocês a pensar.
📍O primeiro passo é seguir em direção à vila de Arouca (na Região Norte de Portugal) e, daqui, apanhar a estrada M567 (por cerca de 19 quilómetros) e seguir as indicação que dizem aldeia de Regoufe. Pode estacionar logo nas Minas de Regoufe ou descer um pouco mais em direção à aldeia e estacionar perto do Café Montanha. Nós estacionamos na zona das Minas de Regoufe porque pretendíamos visitá-las no regresso.
📍O início do percurso leva-nos a descer a aldeia por ruelas empedradas até uma pequena ribeira e é aqui que começa o primeiro grande desafio que é subir um caminho íngreme e pedregoso. Páre a meio para apreciar a vista sobre a Aldeia de Regoufe (e recuperar o fôlego). Já lá em cima, usufrua da paisagem oferecida pela montanhas da Serra da Freita que parecem gigantes adormecidos que a qualquer momento vão acordar do seu sono tranquilo.



📍Daqui para frente o trilho faz-se sem grandes dificuldades, praticamente sempre a descer até chegar a Drave. Ao fazermos este trilho percebemos que a magia começa no caminho que se faz até lá. E garanto-vos que não há palavras que descrevam a paisagem que te abraça e, se te deixares abraçar, é impossível não te comoveres com a liberdade que sentes. Aqui só se ouve o vento e o silêncio e, ao olhar, uma palete de cores que pintam estas montanhas “mágicas”.
O trilho não é difícil, mas é exigente, porque apresenta vários desníveis, caminhos com muita pedra e está muito exposto às (in)disposições do tempo. Mas vale cada centímetro percorrido. E já sabem, o que para lá é a descer para cá é a subir.
📍E a magia continua quando a vislumbramos à distância. Claramente se destaca a Capela de Nossa Senhora da Saúde, com a sua cor branca no meio do escuro do xisto e da lousa. Depois entramos na aldeia pela ponte de pedra, perdemo-nos pelas suas ruelas e somos embalados pelo som da ribeira – Ribeira de Palhais – que forma pequenas cascatas e piscinas naturais, de água azul e verde, cristalina e muito fria. São um convite a um mergulho, mas só para os/as corajosos! Os Escuteiros é que foram espertos em ter transformado Drave no seu quartel-general.


📍 O caminho de volta faz-se pelo mesmo trilho, mas agora quase sempre a subir. As pernas sentem o cansaço, mas o espírito vem cheio de entusiasmo e temos a certeza que vamos querer regressar, porque a aldeia merece ser mimada e nós precisamos de magia. Uma vez na aldeia de Regoufe, não deixe de visitar o Complexo Mineiro da Poça da Cadela, mais conhecida como Minas de Regoufe, que são antigas minas de Volfrâmio que foram exploradas pelos ingleses durante a 2ª Guerra Mundial. Atualmente abandonado, este complexo faz parte dos geossítios do Arouca Geopark.


A Serra da Freita é um lugar fantástico para os amantes de caminhadas. Além dos conhecidos Passadiços do Paiva, oferece-nos 16 Percursos Pedestres de pequena rota (PR), de níveis de dificuldade diferentes, e 1 de Grande Rota (GR), promovidos pelo Arouca GeoPark. Se quiser visitar a região sugerimos o site Visit Arouca que nos oferece um conjunto de boas propostas.
Esperamos que as nossas sugestões e imagens vos inspirem a ir e ajudem a preparar a viagem.
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