Ilha do Faial (Açores): o que visitar
Neste artigo pretendemos falar sobre a nossa experiência na Ilha do Faial. Estivemos dois dias, e partilhamos o que mais gostamos de visitar e fazer, onde ficamos a dormir e o que gostamos de comer. No final, deixamos um pequeno guia prático onde compilamos informações úteis que vos ajudem a organizar a vossa viagem.
Conhecido como a Ilha azul, pela sua ligação ao mar e por se decorar de hortênsias azuis, a ilha do Faial encheu-nos as medidas.
A ilha não precisa de comparações, é linda só por existir, mas aquele amor platónico com o Pico dá-lhe um brilho especial.
Foram 15 dias, 4 ilhas do Grupo Central: Pico, Faial, São Jorge e Terceira. Uma experiência incrível.
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CONTEÚDOS DO ARTIGO
1. Sobre o Faial
2. O nosso TOP 5
– Visitar o Vulcão dos Capelinhos
– Visitar e fazer o Trilho da Caldeira
– Passear pela (Marina da) Horta
– Dar um mergulho na praia do Porto Pim
– Ir à Estância termal e zona balnear do Varadouro
3. Outros locais que merecem visita
4. Onde ficar
5. Onde (gostamos de) comer
6. Guia Prático
1.
sobre a ilha do faial
A Ilha do Faial tem 19,8 quilómetros de comprimento e 14 quilómetros de largura máxima. É a terceira ilha mais habitada do arquipélago e é o vértice mais a Oeste das chamadas “ilhas do triângulo”, em conjunto com São Jorge e a ilha do Pico.
Estima-se que os primeiros povoadores do Faial deverão ter chegado à ilha em 1465 e que o seu nome terá sido inspirado na abundância de faias-da-terra encontradas – “Faial”.
2.
O nosso top 5
Neste ponto queremos partilhar os lugares e as experiências que mais nos marcaram na Ilha do Faial. Não significa que são as melhores, apenas aquelas que nós emolduramos nas nossas recordações.
Visitar o vulcão dos capelinhos
A ponta dos Capelinhos é uma visita obrigatória para quem vai ao Faial. Foi lá que se deu a última erupção vulcânica dos Açores. Sabia que o vulcão nasceu no mar, a 300 metros da ponta do capelo, no dia 27 de setembro de 1957, e que se manifestou até outubro de 1958?
A vida na Ilha nunca mais foi a mesma e quando lá vai percebe porquê. A paisagem é inóspita, crua e cinzenta, mas emblemática. O farol, despido de cor, antecipa o que aconteceu ali e o Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos conta-nos a história. Acho que a lua deve ser assim.
Visitar e Fazer o Trilho da Caldeira
A Caldeira do Faial é uma embriaguês de beleza. Com 2000 metros de diâmetro, 400 metros de profundidade e 7 km de perímetro, é a cratera do mais importante vulcão da ilha. É uma caldeira seca, totalmente coberta de verde, com a flora natural do Açores, e é toda decorada com maciços de hortências azuis, que são a sua imagem de marca. Chamam-lhe “Catedral do Silêncio”… e não podia ter melhor apelido. Está localizado no centro da ilha e tem o estatuto de área protegida.
Uma das melhores formas de lhe sentir o pulso é percorrendo o seu perímetro através do trilho pedestre sinalizado (Trilho da Caldeira – PRC4FAI). Um trilho circular, com uma extensão de 6.8 km. De lá de cima as vistas são soberbas e há sempre um quê de incredibilidade naquilo que vemos e sentimos. Mas o silêncio… esse… fica para sempre marcado na alma.
Passear pela (Marina da) Horta, faial
A melhor forma de descobrir a cidade da Horta é percorre-la a pé, explorando as ruas e os lugares de interesse natural e cultural. Algo que nos surpreendeu positivamente foi a sua “vida” e a forma como nos acolhe, de dia e de noite. A vida da cidade gira em torno da sua relação com o mar, com o Porto e com a Marina que é outro local de visita obrigatória.
A Marina da Horta, inaugurada em 1986, é uma das mais movimentadas do mundo e está localizada na Baía da Horta que integra o “Clube das mais Belas Baías do Mundo”. A melhor vista que temos sobre ela é à chegada de barco, sem dúvida! Só por isso merece a nossa visita. Mas é a grande exposição a céu aberto de pinturas feitas pelos marinheiros e iatistas que a visitam que torna a Marina numa espécie de “obra de arte”, cheia de superstições e lendas marítimas. Uma das superstições diz que essa pintura trará proteção divina à embarcação na viagem de retorno.
E por falar em lendas, há o mítico Peter Café Sport (1918), local de passagem obrigatória para beber um Gin. Há sempre movimento, há sempre pessoas de copo na mão, há sempre brindes e sorrisos. Tudo na Horta respira a mar.
Peter Café Sport
dar um mergulho na praia de porto piM
Mais escondida, como se de uma pérola se tratasse, temos a pequena e arredondada baía do Porto Pim. A sua melhor vista é do Monte da Guia, mas é bem pertinho que lhe sentimos a “textura”.
Esta baía tem uma grande importância histórica, uma vez que foi aqui que, no século XV, chegaram os primeiros povoadores da ilha. Mas não nos parece que esse seja o motivo que faz com que a sua praia seja a mais frequentada da Ilha do Faial. Na verdade, é uma praia “abrigada” num belo cenário natural, com um areal extenso banhado por um mar com pouca ondulação, tem acesso direto pelo centro da cidade da Horta e boas infraestruturas de apoio.
Ir à Estância termal e zona balnear do Varadouro
Situadas na costa sudoeste da ilha do Faial, estas piscinas naturais são formadas por rochas negras de basalto, que dão ainda mais cor ao mar. É uma zona balnear muito procurada por causa das suas infraestruturas de apoio e porque oferece a quem lá vai a possibilidade de escolher entre um mergulho direto no mar ou um mergulho na segurança da piscina. O melhor, mesmo, é experimentar os dois.
3.
Outros locais que merecem visita
Identificamos aqui outros locais que achamos que merecem ser visitados. Quem sabe passem a ser o vosso TOP 5.
Ponta da Espalamaca
Local privilegiado no que toca à observação do movimento do porto e da marina da Horta, que é uma das mais conhecidas no panorama internacional. Também é possível avistar daqui a ilha do Pico, São Jorge e Graciosa.
Monte da Guia
Antigo vulcão de origem marítima que se juntou à ilha do Faial. Serve de miradouro de excelência para a cidade da Horta e para a praia do Porto Pim. Lá, também, encontrará a Ermida da Nossa Senhora da Guia, e do seu adro pode observar, nitidamente, parte da bela costa da Horta. Museu Centro do Mar – No acesso ao Monte da Guia (paisagem protegida), nas instalações de uma antiga fábrica de transformação de baleias que laborou entre 1941 e 1974, este museu é um espaço destinado a exposições dinâmicas sobre termos relacionados com o mar. Ali se efectuam também reuniões e congressos
Morro do Castelo Branco
Reserva natural que é formado por diferentes estratos geológicos. O seu formato, que faz lembrar um castelo, e a cor brancas das suas paredes, deram origem à sua designação. É um importante local de nidificação de aves marinhas.
Cabeço Gordo
Localizado na zona central da ilha, este é o ponto mais elevado da mesma, com cerca de 1043 metros de altitude. Devido à sua altitude, é possível avistar as ilhas do Pico, São Jorge, Graciosa e também toda a ilha do Faial.
Jardim Botânico
O jardim Botânico do Faial fica na Quinta de S. Lourenço e está aberto ao público desde 1986. Um dos seus ex-libris é o Banco de Sementes dos Açores que foi selecionado pela Botanic Garden Conservation International (BGCI) como um dos casos de estudo sobre conservação de sementes raras no âmbito do Global Seed Conservation Challenge. Além disso, numa visita a este jardim podemos conhecer as mais raras plantas dos Açores e o seu bonito orquidário.
3.
onde ficar
Nós ficamos alojados uma noite no Hotel H18 que fica localizado na periferia da cidade da Horta, numa zona residencial, mas com todas as comodidades. Recomendamos.
Mas há um alojamento que gostávamos imenso de ter experimentado mas, na altura da nossa visita, estava completo, que é o Azul Singular. Ficará para uma próxima viagem.
4.
Gastronomia regional e onde (gostamos de) comer
Pela gastronomia, a ilha leva o mar e o prado para o prato.
Locais onde fomos e gostamos
Atlético
Rua Filipe Carvalho, 52, Angústias, Horta
Para sabores mais tradicionais (carnes e peixes na brasa)
Genuíno
Areinha Velha, 9, Angústias, Horta
Conhecido pela comida, onde se serve “o melhor peixe”, e pela história. O proprietário, Genuíno Madruga, 67 anos, é um antigo pescador e conhecido velejador, que por duas vezes deu a volta ao mundo em solitário. À entrada do restaurante, um enorme mapa-múndi recorda as suas viagens.
Peter Café Sport
Rua José Azevedo, 9, Horta
(já falamos em cima)
5.
guia prático
Neste ponto remetemos para o guia que construímos e onde compilamos algumas informações práticas e utilidades que ajudem na organização da sua viagem aos Açores.
Outros artigos sobre os Açores:
Açores: Guia prático pelas Ilhas do Grupo Central
Ilha do Pico (Açores): o que visitar
Ilha de São Jorge (Açores): o que visitar
Ilha de São Miguel, Açores: guia para visitar!
Prometemos voltar: crónica sobre a Ilha de São Miguel
Trilho do Salto do Prego – Ilha de São Miguel, Açores
Esperamos que as nossas sugestões e imagens vos inspirem a ir e ajudem a preparar a viagem.
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E já sabem… o importante é IR!
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