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Caminho de santiago: Tui – Redondela

Neste artigo partilhamos convosco a nossa Etapa 3 do Caminho Português de Santiago:

Etapa 3 : Tui a Redondela
Distância e duração: 35 quilómetros, 10 horas
Mais interessante: os pequenos negócios/comércios que se criam no caminho (em lugares inesperados) de apoio ao peregrino/a; a localidade de Pazo de Mos; capacidade de auto-superação.
Mais difícil: a descida muito acentuada depois de Chan de Pipas; o número de km feitos nesta etapa; e ter a perceção do número de peregrinos/as que deixam etapas a meio por causa de mazelas físicas!!
Aprendizagens: nunca planear uma etapa tão longa. Desfruta-se menos do caminho e potenciam-se mazelas. Devemos parar quando o corpo pede, e a reserva prévia de albergues/ hotéis pode condicionar esta paragem.

 

Dicas úteis
Nunca devemos descurar o calçado e a roupa a levar. Deixamos aqui algumas sugestões do tipo de material que utilizamos: botas, meias, calças moduláveis, impermeável adaptado a quem leva mochila.
– Leia o nosso artigo sobre “O nosso caminho para Santiago: escolhas e questões práticas”

 

#caminho Português de Santiago #caminho central #maio2018

camino

Podíamos ter feito diferente, mas não fizemos!
Há duas formas de fazer esta Etapa, de forma faseada: Tui – Porriño (19km), Porriño –  Redondela (16km); ou percorrê-la num só dia (35km). Escolhemos a segunda opção, o que transformou esta Etapa numa das mais difíceis de todo o Caminho. O registo fotográfico é bastante intermitente e não escrevemos nem uma linha no nosso “diário de campo”. Os silêncios também falam!!

A mudança da hora fez-nos perder a hora, e em vez de sairmos às 7h00, saímos apenas às 8h00. Como já estávamos no caminho de saída, ao lado da Igreja de Santo Domingo, rápido chegamos à Ponte da Veiga, que tem uma escultura muito gira que homenageia os peregrinos. Poucos resistem à fotografia. Entre bosques, asfalto e trilhos arborizados e frescos, este é um percurso bonito.

Pelo caminho, perto do bairro de Orbenlle, somos surpreendidos com uma espécie de descanso artístico. Quadros enormes, pintados por Xai Óscar, que embelezam uma das curvas do Caminho. Um representando o Pórtico de la Gloria, outro desenhando um velho peregrino, em homenagem à sua avó que se chamava Peregrina. Vale a pena parar e apreciar.

Um pouco mais à frente o caminho bifurca. Estamos no km 9. Um par de cafés à nossa frente, e setas nas duas direções. Se seguires pela direita, vais pelo traçado antigo que atravessa o Polígono Industrial de O Porriño. Representa cinco quilómetros em via asfaltada, com muito tráfego de pesados, menos seguro e maior exposição climatérica. Se seguires pela esquerda (percurso alternativo), percorres sete quilómetros (+ 2km) por meio de floresta, atravessando a área natural protegida das Gândaras de Budiño. Apesar de ser mais longa, esta é a opção mais recomendada e foi a que fizemos. Entretanto, enquanto decides, senta-te um pouco no café e descansa.
Saindo da zona de floresta, o caminho até à entrada da cidade O Porriño é feito, primeiro, pela estrada, e depois por um parque verde urbano, que parecia não terminar. Estava muito calor. Era meio do dia. Paramos para almoçar e recuperar forças, afinal ainda tínhamos mais 16 quilómetros pela frente.

A saída de O Porriño faz-se pela mesma estrada por onde entramos, a N550. Uma estrada bastante movimentada que exige, por esse motivo, redobrados cuidados. Um pouco mais à frente as setas desviam-nos da estrada nacional em direção a Pazo de Mos (Km 5,5).

O centro de Mos é pequeno, mas muito bonito e bem cuidado. Tem a Igreja barroca de Santa Eulália, o paço dos senhores de Mos, um albergue municipal e um café, que se torna uma paragem quase obrigatória para ganharmos alento para o resto de subida que nos espera. Sentados no centro da vila, apercebemo-nos, pela primeira vez e de forma evidenciada, da quantidade de peregrinos/as que deixam etapas a meio por causa de mazelas físicas. Teve impacto em nós!!

O caminho em direção a Santiaguiño de Antas é percorrido num cenário tipicamente rural galego. Passamos pela capela e pelo Monumento em honra das mulheres maltratadas. Mais à frente, depois do marco miliário romano, entramos em Chan das Pipas e iniciamos uma descida “violenta” que nos leva a Redondela.

São sete e meia da tarde, estamos cansados e precisamos de uma motivação… comemos um Corneto que foi uma espécie de salvação kkkk. Entramos em Redondela em direção ao local de alojamento que ficava já na direção de saída da cidade, perto do final da “Ponte Eiffel”. De Redondela ficou apenas a passagem. Como sabíamos que esta Etapa ía ser bastante longa, optamos por ficar num pequeno apartamento, de onde já não saímos. Fizemos umas compras, cozinhamos em casa, tratamos das mazelas do corpo e deitamo-nos. Podíamos ter feito diferente, mas não fizemos!

camino

link-symbol_icon-icons.com_56927 Veja também

Detalhes
maio de 2018
Marcelo Andrade @iremviagem
Agradecimentos

Fotografias atualizadas em março de 2021

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Comentários

  • 26 de Novembro, 2022

    Neste mês de outubro de 2022 estive em MOS e parei defronte a Igreja de Santa Baia de Mos, onde há uma placa com informações e período de construção da mesma, fotografei e anotei no meu diário. Em 2018 esse templo tinha o nome de Igreja barroca de Santa Eulália? Por gentileza pode me ajudar?

    Responder

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